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quinta-feira, 8 de maio de 2014

Responsabilidade por nossa vida está ligada a nossa maturidade.



Responsabilidade por nossa vida não pode ser ligada a infantilidade, responsabilidade por nossa vida está ligada a maturidade. Quando éramos crianças nossos ilhavam por nós e preenchiam todos os nossos desejos e necessidades, éramos dependentes de apoio, ajuda e assistência deles. Tínhamos que esperar para que nos dessem comida, trocassem as nossas fraldas sujas, nos dessem carinho, amor e atenção. 


Mas fomos crescendo e fomos aprendendo que era só gritarmos o suficiente para novamente recebermos atenção. Com o desenvolvimento chegamos a uma fase da nossa vida em que começamos a ser independentes. Entramos na fase do “Eu sei fazer!”. 

Como sentíamos orgulho disso, como crescia nossa consciência ao mesmo tempo que aumentava nossa separação dos nossos pais. A cada dia aprendíamos mais e mais e nossos pais deixavam claro para nós que devíamos fazê-lo tão logo o soubéssemos, e que isso fazia com que nos tornássemos responsáveis pelo cumprimento dos nossos desejos.
Foi assim, que a maioria de nós aprendeu, se quiséssemos algo deveríamos busca-lo com os nossos próprios meios. 

O adulto que não conseguiu aprender isso é tido como imaturo e dependente, a dependência financeira é tida como uma grande infantilidade. Mas existe muitos adultos que abertamente gostariam de continuar crianças: ficam a espera que o príncipe encantado ou que a fada madrinha lhes traga algo que desejam muito. Esperam que os outros preencham seus desejos, que façam algo para deixa-los felizes. 

Pessoas que são assim perguntam: O que eu vou ganhar? Não perguntam: O que eu posso oferecer? Em algum momento da vida, cada um de nós precisa compreender que ser adulto significa: Ninguém virá! Ninguém vem ao meu encontro para me fazer feliz, ninguém virá para resolver o meu problema, ninguém virá para decidir em meu lugar como devo levar ou não a vida. Se não me tornar ativo, nada vai acontecer, o sonho de salvador talvez nos recorde das experiências de nossa infância. 

A maioria de nós têm receio de querer algo mais do que o corriqueiro e prefere ter esperança.  Mas muitas vezes a esperança turva a visão, deixa aparecer sempre o consolo da possibilidade escondida atrás da realidade de que algo pode acontecer para melhorar a situação, trazendo mais justiça, mais afeição. 

Quem si fia na esperança torna-se incapaz, hesita em tomar a própria vida nas mãos, e no lugar deixa que, os astros, o acaso sejam os condutores. Ter esperança é esperar em vão, e faz com que nos tornemos passivos e percamos, ao mesmo tempo, as oportunidades que, de fato, podem mudar a base de atuação. 

Somente nós podemos fazer o que é necessário para dar forma a nossa vida, não podemos ficar esperando pelo outro. Eu tenho um amigo bastante religioso que outro dia disse uma frase que gravei de tão interessante que achei: “Deus pode mover montanhas, mas é melhor que traga uma pá”. 

É possível que muitos de nós pense assim: “Se eu me lamentar e gemer o suficiente para provocar a compaixão, um dia um milagre irá acontecer”. Vamos pagar com nossa vida se mantivermos essa ilusão. Porque os dias, os meses, os anos, as décadas vão passando sem que retornem. 

Por que motivo nos submetemos a isso? Tenha a certeza de uma coisa. Ninguém vira!
Monstruosidade sem coração? Não, isso significa que nos tornamos adultos e ser adulto implica em sair da dependência para ser independente, atingir a autoajuda em vez de ser ajudado, deixar de lado a decisão alheia para caminhar rumo á responsabilidade própria.
Somente quem de nós consegue aprender a tomar sua vida nas próprias mãos, formou-se como pessoa e isso significa fazer uma ruptura, decidir, se integralmente adulto. Aquele que procura uma mão para ajuda-lo sempre a encontra no final dos próprios braços. 

Seu comentário é importante para meu trabalho, deixe-o aqui.
Muito obrigado!
Fátima Jacinto


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