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domingo, 4 de maio de 2014

Quem dirige sua vida? Toda escolha tem um preço!



Quem está dirigindo sua vida? É você mesmo ou você entregou a direção a outro? Talvez seu chefe? Seu companheiro? Ou quem sabe o dinheiro? O destino? ou os acontecimentos que acontecem em sua vida diária? Ou talvez você seja uma vitima de uma poderosa organização internacional de nome “os outros”?


A obrigação por causa do objetivo parece muito oportuna para afastar a liberdade, pois aquele que dobra á obrigação faz o que tem de ser feito, vive como todos vivem. Afinal não queremos ser uns excluídos. É, assim, o caminho da necessidade é mais bem conservado do que o da liberdade. Mas a obrigação de objetivos realmente existe? A cobrança para tal não é mais uma das nossas preguiças mentais, um descompromisso, um argumento produzido? 

Não existe obrigação por causa de objetivos. Creia-me. “Naquela oportunidade, não tive escolha!” Significa muito simplesmente que naquela oportunidade eu não coloquei entre os risco o que está acontecendo agora. Durante anos e anos, construímos as circunstâncias de nossa vida para que depois sejamos s vitimas. Esquecemos que tudo o que está nos acontecendo agora no presente é apenas o resulto de nossas decisões, que fomos tomando ao longo da nossa vida, quer isso nos agrade ou não. 

Para muitos de nós uma corrente de ouro nos amarra muito mais do que correntes de ferro, do ponto de vista individual, muitas vezes acreditamos que o preço que vamos pagar por nossas escolhas é muito alto. O problema é que muitos de nós não estão preparados para assumir as consequências de sua escolha e a imobilidade que ela possa trazer, e ainda assim aceitar conscientemente como resultado de uma decisão consciente de seu passado. Vejamos o caso de alguém que na juventude decidiu dar um golpe no baú. 

Quantos casos desses conhecemos. Agora aquela decisão passada transformou a pessoa em “vitima”.

Quanto mais bens materiais você tiver, mais eles te possuem. Todo conforto precisa ser pago, o que quero dizer é que conheço inúmeras pessoas que aceitam ser atingidas constantemente em sua dignidade, sacrificando sua conduta integra, mas não aceitam abrir mão de um carro de luxo. Elas escolhem esse caminho diariamente: é opção delas. Assim, se você afirmar: “Não posso!” é porque não quer, ou porque outras coisas são mais importantes para você. E não está disposto a pagar o preço pela troca. Cada um de nós podem testar a nós mesmos: quem nos impede de aceitar o trabalho dos nossos sonhos? 

Quem nos impede de retomar a formação escolar que nos falta?  Nós tão-somente, ninguém mais, porque nós não estamos dispostos a renunciar ao conforto e a segurança. E não há nada a objetar, no entanto, culpamos nossa família, as circunstâncias... Tudo isso podemos rejeitar, se quisermos. Caso queiramos continuar vivendo como vivemos até agora, então ao menos vamos ser conscientes de que foi assim que escolhemos, e vamos deixar ir toda a base da vitimização do “Não poso por que...”

Lamentar-se não irá resolver!  Entenda que todas as nossas escolhas tem consequências. Sempre há riscos sim. Mas também sempre podemos achar um culpado por nossas escolhas e nos afundarmos na compaixão por nós mesmos e ai lançar mão de todos os subterfúgios que estão disponíveis, para apelar a todos os bons samaritanos do mundo.
Por longos doze anos da minha vida, decidi viver assim como vitima de um relacionamento violento. Foi nessa época que entendi que a escolha era minha, que não havia nascido para ser a vitima do mundo. E então decidi fazer outra escolha. 

Fácil não, de forma alguma foi fácil. Eu sai da minha casa com três filhos pequenos a maior com oito anos e o caçula com oito meses apenas, levei apenas meus filhos e três malas de roupas de vestir nossas. Essa foi na época a única coisa que consegui fazer, já estava casada com um psicopata e sabia que minha vida e dos meus filhos corria riscos enormes, caso eu decidi anunciar minha saída. 

Em momento algum eu me arrependi da minha decisão, nem quando o aluguel atrasava, nem quando cortavam nossa agua ou luz, nem quando a comida que tinha em casa dava apenas para meus filhos e eu tinha que torcer para que não quisessem repetir o prato.
Encarei minha decisão de levar uma vida digna e segura e sem sobressaltos e medo a serio, aos poucos as coisas foram se ajeitando, meus filhos foram crescendo, e o tempo melhorou para nós. 

Foi nessa época que entendi que não adiantava rezar, pedir aos céus que enviassem seus anjos, e que esses intercedessem por nós. Que o que eu tinha que fazer era seguir em frente e buscar a melhor forma possível de ver meus filhos criados e bem educados. Quando percebi que não receberia apoio da minha família, blindei meus filhos contra qualquer tipo de maldade que todos nós conhecemos que acontecem tanto em situações desse tipo, os mantive o mais longe possível. 

Assumi a responsabilidade pro minhas escolhas, hoje minha filha é mestra em psicologia, fez todos os seus estudos em escolas publicas, universidades federal incluindo o mestrado. Meu filho caçula está na faculdade tem seu trabalho, e vejo que muitos daqueles que faziam ceram em minha porta a noite para tentar me atemorizar não conseguiram chegar onde estamos.

Minhas escolhas tiveram consequências? Sim é óbvio que tiveram muitas. Mas eu não me arrependo delas. Não tenho aqui a intenção de atribuir culpa, mesmo porque não vejo culpado, meu olhar não está voltado para o passado, ou caso contrario não teria conseguido o que consegui. 

Mas tenho sim a intenção de encorajar o futuro de quem esteja passado por uma situação assim. É muito mais pratico e nos deixa muito mais em paz quando colocamos prioridades em nossas escolhas, e não ficamos lamentando e tentando fazer com que o outro se responsabilize por nossas escolhas. 

Quando me responsabilizei pelo meu recomeço eu aprendi a confiar mais em minha capacidade de escolha, de discernimento e foi isso sem duvida que me trouxe até aqui.
Colocar as escolhas de nossa vida nas mãos dos outros é o mesmo que permitir que os outros vivam a nossa vida. E isso o que você realmente quer? 

Se você quiser vencer qualquer obstáculo difícil em sua vida precisará ter poder sobre sua vida, e a força para um novo recomeço você só adquire se não esperar nada dos outros. Nada do acaso, nada de forças exteriores, e ao mesmo tempo conseguir colocar todas as expectativas em você. Então se pergunte agora: O que eu posso fazer agora? Quais são minhas oportunidades para agir? É disso que se trata a vida: agir em vez de se lamentar! “Você tem escolha” pense nisso, por favor! 

Seu comentário é importante para meu trabalho, deixe-o aqui.
Muito obrigado!
Fátima Jacinto

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