Quando pensamos sem clareza, falamos sem clareza e agimos sem clareza, é isso que o medo nos faz. O medo nos faz ter justificativas como: “eu tentei...”, ou “eu vou tentar...”, que são condições nas quais queremos evitar a responsabilidade, é pré-desculpas. “Talvez eu consiga, talvez não!”
Se pensarmos objetivamente, tentar é uma situação inexistente, ou
fazemos uma coisa, ou não fazemos, e para ambos temos nossas razões.
Quando usamos a estratégia de “tentar”, é relativamente bastante comum
para não agirmos e ainda encobrirmos decisões mal tomadas. Fazemos isso quando
queremos nos negar diante de um desafio, porque tememos as consequências da transparência,
então nós simplesmente dizemos que vamos “tentar”. Com isso antecipamos a
construção do nosso fracasso, e assim, tentaremos sempre, mas nunca
realizaremos de fato. É dessa maneira que furtamos nossa própria confiança e
energia necessárias para agir com sucesso.
Pense no que você dedica a maior parte do tempo em sua semana, é isso a
coisa mais importante para você, quer você esteja ou não disposto a admitir. A falta
de tempo nos deixa sem liberdade, de escolha e assim deixamos de existir,
porque nos entregamos a pressão contra o relógio que é apenas fruto de uma de
nossas opções pessoais. E assim ficamos também com muito poucas opções para
dizer “Não”. Mas tudo isso nós encobrimos e levamos como segredo.
Nossa melhor desculpa é sempre os outros. Os outros estão depositando
todas as suas esperanças possíveis em mim, os outros são, nosso companheiro, nossos
filhos, nossos colegas de trabalho, nosso chefe, nossos amigos, a sociedade.
Esquecemo-nos que quando nos tornamos adultos podemos romper com todas
as normas e valores que os outros nos impõe como obrigatórios. E entenda, por
favor, que as expectativas dos outros não têm nada a ver com o que somos.
Expectativas
são preconceitos, os outros – não importam quem sejam – tiveram, no passado,
certas experiências que consideraram bem-sucedidas, fundamentadas e aplicáveis,
e agora esperam que nós nos orientemos pelas mesmas experiências. Infelizmente na
maioria das vezes nós nos comportamos de
acordo com essas expectativas sem perguntar o preço que vamos pagar, é isso que
acontece com muitas mulheres que hoje vivem um relacionamento abusivo e
violento, elas os vivem porque é isso o que a sociedade, a família esperam
delas, colocando em segundo plano as próprias necessidades de qualidade de
vida, muitas vezes até recusando ajuda de fora, nem se dando o simples prazer
de saírem de casa para fazerem algo que gostam as vezes.
E muitas vezes quando conseguem romper esse difícil vinculo começam a
explorarem a si mesmas até á renuncia própria pára cumprir e merecer o papel de
provedoras é para isso que cuidam do jardim, da limpeza da casa, e de manter a dispensa
sempre abastecida, e os filhos bem cuidados e criados, por acharem que são responsáveis
sozinhas por todas essas obrigações.
Esquecemos que podemos fazer isso ou deixar de fazer aquilo, que somos responsáveis
por todas as nossas possibilidades. O que precisamos é nos decidir
conscientemente e agir não conforme as expectativas dos outros mas as suas
necessidades e expectativas.
Quando muitas vezes internalizamos tanto as expectativas dos outros que
as aceitamos como se fossem nossas, como é caso de acharmos que o que nossos
vizinhos vão achar tem uma importância fundamental em nossa vida e da nossa família,
estamos na realidade distribuindo aos outros todo o nosso direito sagrado de
livre escolha.
Por favor entenda isso: “você não está no mundo para corresponder ás
expectativas dos outros.” Mas todos tem o direito de colocar sobre você as
expectativas que desejarem e cobrar os comportamentos que acreditam que você
deva ter. Mas quem decide é sempre você. A Escolha e a responsabilidade por
essa escolha é sempre nossa.
Seu comentário é importante para meu trabalho, por favor, deixe o aqui.
Muito obrigado!
Fátima Jacinto
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