Hoje depois de tantos problemas que já passei
consigo ver com nitidez e clareza o como
e o por que cada vez mais pessoas se esforçam para tentar acreditar que são
suficientemente boas.
Percebo por todos os lados as mensagens subliminares dizendo
a cada um de nós que a vida comum é uma vida sem sentido. E percebo mais ainda,
que nossas crianças estão crescendo nesse ambiente doentio de reality show, de
culto a celebridades e mídia social sem nenhum controle que vão absorvendo essa
mensagem e desenvolvendo uma visão do mundo completamente distorcida.
A primeira
geração de jovens assim já está aqui junto a nós, nos mostrando o que nos
espera. Eles vivem em mundo onde o valor que possuem é dado pela quantidade de
pessoas que curtem suas postagens ou que aceitam suas amizades nas redes
sociais.
Se nós adultos digamos “cabeça feita” somos suscetíveis
á propaganda de massa que é deflagrada diariamente para “inspirar” esse tipo de
comportamento, imagine um adolescente?
A necessidade e a vontade que temos de acreditar
que o que estamos fazendo tem real importância para o mundo e facilmente
confundida com o estimulo que necessitamos para sermos extraordinários.
É imensamente sedutor usar como parâmetro o culto a celebridade para medir a significância ou a insignificância de nossas vidas. As
ideias de grandeza e a necessidade de admiração são um balsamo para aliviar a
dor de sermos tão comuns e inadequados. Sim, porque na verdade é isso o que
acreditamos que somos.
Essa dor imensa que não nos dá paz, está
transformando nossas ideologias, nossos comportamentos e nossos sentimentos e
lentamente estão nos transformando e a nossa maneira de viver e ver a vida,
como nos relacionamos como cuidamos dos nossos filhos, e como nos conectamos
com outro.
Estamos nos transformando em uma sociedade escassa
de preenchimento de si mesmo. Estamos saciados da dor maior, que é a dor de
nossa alma, que nos diz a todo momento que não somos nada, que não somos bons o
bastante.
Se pedirmos para um grupo de pessoas preencher
frases com o que está lhes faltando, não demorará nem 15 minutos para que uma
folha inteira de papel esteja preenchida com coisas do tipo:
Não ser bom o bastante, nunca ser perfeito o
bastante, nunca ser magro o bastante, nunca ser poderosos o bastante, nunca ser
bem-sucedido o bastante e por ai vai. ...
Pense nisso! E veja como estamos criando mais dor
quando buscamos a aprovação em nós.
Seu comentário é importante para meu trabalho,
deixe-o aqui.
Muito obrigado!
Fátima Jacinto
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