O problema que vejo na medicina alopática, é que ela vê o
doente como impotente diante da ação de micro organismos, como resultado de uma
imperfeição da natureza, nesse caso o doente se transforma em uma vitima das circunstâncias, impotente diante da doença.
Já a visão das antigas e milenares medicinas como a
tradicional chinesa, ou a hindu Aiurvédica, a doença é vista como uma
desarmonia, um desequilíbrio do indivíduo como um todo, e é como um todo que a
pessoa é avaliada, todos os desequilíbrios são levados em consideração, os
físicos, mentais, emocionais, afetivos, energéticos e espirituais, e todas as
suas integrações.
Assim sendo, a nossa saúde plena vai depender da nossa
capacidade de percebermos efetivamente os desafios da nossa existência e a
nossa inter-relação com o mundo a nossa volta.
Nossa doença ganha força e espaço quando as nossas
percepções sofrem interferência dos desequilíbrios psicoemocionais, ou seja,
são imaginarias ou mesmo iludidas. E por essa visão, torna-se evidente que é o espírito que organiza a matéria e não o físico que cria.
Basta observarmos que afeto, gratidão, harmonia bom humor
são qualidades totalmente espirituais.
A doença nos obriga a parar e a refletir, sobre nossas
ações, se elas estão centradas no afeto, ou no medo, ou na culpa. Em assim
sendo a nossa busca por uma saúde perfeita vamos ter que romper com as ilusões
e as sedações emocionais.
Vamos ter que parar de lastimar e olhar profundamente para
dentro de nós mesmos. E descobrirmos que na realidade não somos vitimas
inocentes de alguma imperfeição da natureza ou que não temos controle sobre
nossa vida.
Na realidade nós não pegamos uma doença, nós a construímos,
mesmo que inconscientemente (já que preferimos nos iludir) e não enxergarmos a
realidade, de que nossas escolhas têm consequências.
Precisamos entender que nossa doença não é uma cruz, ela é
na realidade um aprendizado profundo dos nossos conflitos internos e tem a
função de nos mostrar as diferentes facetas de nossas emoções.
O nosso filme não irá mudar enquanto não conseguirmos
introjetarmos o aprendizado. É fundamental entendermos que todos os nossos
sintomas são na realidade a nossa sombra agora sob holofotes.
Na realidade nossa doença está nos chamando para uma
verdadeira transformação interior, uma profunda cura de nossos hábitos
arraigados, para um crescimento espiritual comprometido e principalmente para
uma maior expansão da nossa consciência.
Mas muitos de nós preferimos viver sedados e crentes no
automatismo psicoemocional e físico que nos impede de percebermos, o circulo
vicioso porque uma vez que estamos intoxicados nossos sentidos (audição, tato,
visão, olfato, e paladar) vão se tornando cada vez mais imprecisos e assim
vamos cada vez mais nos tornando presas fáceis da nossa imaginação e ilusão.
E não conseguimos perceber o quanto essa nossa dormência é
perigosa, e então surge a doença para nos despertar com seus sintomas que nos gritam:
“Vamos caia na real. A cura nunca virá de fora”. Temos que entender
profundamente que a doença na verdade é nosso mestre, porque só assim a cura
acontecerá verdadeiramente.
A verdade é que a nossa doença vem para nos mostrar onde
nossa alma está bloqueada. Para nos fazer superarmos os desafios da nossa
evolução.
Por favor, não adie sua cura e transformação. E também a
cura de todos que estão a sua volta envolvidos com a sua doença.
Seu comentário é importante par ameu trabalho, deixe-o aqui.
Muito obrigado!
Fátima Jacinto
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