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segunda-feira, 14 de abril de 2014

As perdas ou as decepções nos causam intensos sentimentos de impotência....



Alguns de nós sofremos muito na vida, as feridas do passado permanecem por tempo demais muito próximas da superfície. Por isso muitas vezes tememos dirigir nossa atenção para dentro de nós, achamos que pode ser muito doloroso, ou mesmo perturbador demais. Essas feridas mal cicatrizadas sugam uma porção significativa da nossa energia e acabam prejudicando a nossa capacidade de nos defendermos, tanto emocionalmente como fisicamente. 

Nesses casos, é necessário primeiro encontrarmos e curarmos os traumas do passado que são a fonte de emoções tão fortes que acabaram por deixar marcas tão persistentes em nossa mente. 

A perda ou mesmo a grande decepção de uma amor provoca em nós sentimentos intensos de impotência, talvez por mexer com feridas emocionais sofridas em nossa infância por meio de rejeições ou criticas.

É a impotência que transforma um acontecimento penoso em um verdadeiro trauma. As nossas lembranças mais terríveis são aquelas em que não podemos fazer nada, quando estamos sozinhos, e não temos a quem recorrer. 

Sem ninguém para nos ajudar a atravessar, como muitas vezes acontece em caso de violência doméstica, já que nos afastamos completamente dos amigos, e até de nossa família. Coremos  um enorme risco de contrair uma doença como o câncer por exemplo. 

Quando falo em trauma, estou falando em um desafio que não fomos capazes de superar, os pequenos desafios e derrotas podem até nos perturbar durante alguns dias, mas nosso cérebro é capaz de “cicatrizar”. Essas feridas não nos deixa marcas duradouras, e muitas vezes são o impulso que necessitamos para amadurecermos.

Mas em compensação certos acontecimentos são de tal maneira dolorosos que rasgam fundo a imagem que fazemos de nós mesmos, ou mesmo a confiança que tínhamos no mundo que nos cerca. É o caso das agressões violentas, dos estupros, de alguns acidentes apavorantes ou que colocam nossa vida em risco, ou mesmo de uma enorme decepção amorosa e ou rompimento de forma violenta e abrupta. 

A ausência de amor ou as humilhações repetidas vividas em nossa infância, na idade em que somos mais vulneráveis emocionalmente e psicologicamente. 

Feridas como essas tendem a formar um abscesso psicológico, nosso cérebro tenta de todas as formas isolar o acontecimento dolorido e age de maneira que as contornemos sempre que possível.
Conscientemente negamos o acontecido, porem, como um aperto nos indica ele ainda está sensível, quando a vida nos lembra brutalmente de uma dor do passado, percebemos de repente que o abscesso continua lá.

A memoria então, reativa e assume o controle de nossos pensamentos, de nossas emoções e das reações de nosso corpo. Sem duvida alguma esse tipo de ferida repercute em nossa fisiologia.
Temos que entender que mesmos essas feridas de difícil cicatrização somente nos levam a um falso sentimento de impotência. Mesmo que essa impotência tenha sido real no passado, ela é hoje apenas um reflexo verdadeiro do nosso pressente. Quando aceitamos essa ilusão encontramos a chave da nossa cura. 

Seu comentário é importante para meu trabalho, deixe-o aqui.

Muito obrigado!
Fátima Jacinto

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